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SÖDERTÄLJE, SUÉCIA — A Suécia assiste, estarrecida, à transformação de suas cidades em cenas dignas de thriller policial. Uma jovem de apenas 16 anos foi presa na noite de segunda-feira (28/07), armada com uma pistola, após supostamente atirar várias vezes contra um apartamento em Södertälje. Ela foi localizada em um táxi a caminho de Märsta, carregando a arma do crime.
Segundo apurações do Aftonbladet e Telgenytt, o atentado foi encomendado através de uma conversa em grupo na plataforma criptografada Signal — um “job” recebido como quem recebe uma missão num filme. O detalhe mais chocante? A adolescente não tinha ligação direta com os moradores do endereço. Ela teria sido instruída a matar, ponto final.
Realidade ou roteiro de cinema?
A cena parece tirada diretamente de “Nikita – Criada para Matar” (1990), o clássico de Luc Besson onde uma jovem problemática é recrutada para ser assassina pelo governo. Só que, no caso sueco, não há governo, nem redenção, apenas o submundo do crime usando adolescentes descartáveis como peças de reposição.
Ou então pense em “O Profissional” (1994), estrelado por Jean Reno, onde uma menina se envolve com um matador profissional — exceto que aqui, a menina é a atiradora. Mas ao contrário dos filmes, não há poesia, dilema moral ou redenção: apenas tiros disparados às cegas contra uma varanda de prédio, com sorte de ninguém ter morrido.
Há vinte anos, um episódio desses seria considerado impensável em território sueco. Hoje, lembra mais as tramas dos seriados sobre o cartel de Pablo Escobar, onde menores de idade são aliciados para cometer execuções e, no fim, abandonados à própria sorte ou mortos como lixo humano.
Fuga em táxi: a nova “moda” do crime juvenil?
A garota foi interceptada em um táxi, comportamento já recorrente em outros atentados cometidos por jovens — como se não soubessem ou não se importassem que o veículo está rastreado e monitorado. Ela ainda estava com a arma na mão, segundo as fontes, o que praticamente elimina qualquer tentativa de defesa.
Essa escolha absurda — fugir em um táxi, manter o celular ligado, andar armada após o crime — expõe uma juventude usada como carne de canhão, aliciada por comandos digitais, e com pouco ou nenhum senso de consequência.
E agora?
A polícia ainda não divulgou se havia alguém na residência alvejada, o que pode influenciar a tipificação do crime como tentativa de homicídio ou apenas perigo público. Especialistas divergem sobre o enquadramento jurídico, mas o recado simbólico está claro: mesmo se ninguém tiver sido ferido, a intenção de matar estava lá.
Flashback, rumores e o submundo
Nos bastidores digitais — especialmente no fórum Flashback — os rumores explodiram. Uns apostam que a menina foi só mula, e que outro atirador repassou a arma. Outros afirmam que ela foi “cooptada” por dívida ou por promessa de dinheiro que, provavelmente, nunca será pago.
Há também comentários sobre uma possível conexão entre o ataque e uma explosão recente em Södertälje, e nomes de figuras do rap ligados a conflitos de gangue começaram a circular nos murmúrios — o que ainda é pura especulação.
Onde foi
O ataque ocorreu na Östergatan, no bairro Grusåsen. A prisão da garota foi feita em Märsta, e há relatos de que o motorista do táxi pode ter ajudado a polícia após reconhecer o sinal de alerta.
Conclusão
Até que esse ano tinha dado uma acalmada na cena do narcotráfico, mas infelizmente as cenas que antes pertenciam ao cinema francês noir ou às narconovelas da América Latina agora acontecem também aqui nas pacatas cidades, com envolvimento de adolescentes, aplicativos criptografados e armas de fogo. tempos sombrios no hemisfério Norte.
