Você não vai receber muitos convites no começo — e tudo bem.
Isso não quer dizer que os suecos não gostaram de você. É que, na Suécia, amizade se constrói devagar. Mas quando acontece, costuma ser de verdade e durar muito.
Onde começar a se enturmar:
Procure lugares onde o sueco já espera conversar e interagir:
Cursos como SFI e Komvux
Trabalho voluntário
Clubes e atividades culturais (estudo, arte, esporte)
Fika e silêncio: jeitos de estar junto na Suécia
Os suecos têm até uma palavra especial para a pausa do café com bolo: fika.
Fazer uma fika não é só lanchar. É um momento de convivência.
E mais: o silêncio faz parte. Ficar quieto ao lado de alguém não quer dizer que você está entediando a pessoa. É só o jeito sueco de estar junto sem precisar encher o ar de palavras.
O que pode parecer rude, mas não é:
O sueco diz “não” sem rodeio — é sinceridade, não grosseria.
Eles não são de elogiar à toa. Quando elogiam, é porque sentem mesmo.
Beijo no rosto ou abraço? Raro. Um simples hej (oi) ou tjena (e aí) já mostra simpatia.
Como se adaptar sem se cobrar tanto:
Respeite seu tempo. Vai ter dia difícil, e faz parte.
Aprenda umas palavras simples em sueco. Isso abre portas.
Mantenha o Brasil por perto: ouça sua música, faça sua comida, fale com os seus.
Esteja aberto ao novo, mas sem se forçar a nada.
Lembre disso:
Se adaptar é como plantar em solo diferente. No começo parece que nada vai crescer. Mas com paciência, curiosidade e coragem, logo surgem amizades, oportunidades e um novo jeito de se sentir em casa.
O Brassar existe pra te lembrar: você não está sozinho. Viver entre dois mundos pode ser bonito sim.