Por pouco ela não perdeu o trono — na verdade, perdeu por dois anos. Quando nasceu, em 14 de julho de 1977, a Princesa Vitória não era a herdeira do trono sueco. Isso porque, na época, a Constituição da Suécia ainda dava o direito de sucessão apenas aos homens. Se o irmão dela, Carl Philip, tivesse nascido primeiro, fim de papo: ela nunca seria rainha.
Mas em 1979, a Suécia deu um passo gigante para a igualdade de gênero e aprovou o Ato de Sucessão com primogenitura absoluta: a partir dali, o primeiro filho do rei ou da rainha seria o herdeiro — fosse menino ou menina. A lei passou a valer em 1980 e, com isso, Vitória se tornou oficialmente a Princesa Herdeira. Foi literalmente uma vitória histórica.
Um reinado que já começa no amor: ela escolheu um homem do povo
Em um mundo onde ainda se espera que “princesa case com príncipe”, Vitória foi contra a maré: casou-se com um personal trainer, nascido em Ockelbo, uma cidadezinha na região de Gävleborg. O nome dele é Daniel Westling, e mesmo não sendo pobre, ele era um homem comum — sem títulos nobres, sem sangue azul, sem castelo no sobrenome.
Daniel tinha seu próprio negócio de academia, vivia uma vida tranquila… até que conheceu Vitória, começou discretamente a namorar com ela e, anos depois, virou Príncipe Daniel, Duque de Västergötland.
Eles se casaram em 2010, numa cerimônia linda em Estocolmo que emocionou o país. E ali, a Suécia viu algo mais profundo: uma futura rainha que escolheu por amor, e não por protocolo.
Os “Dias da Vitória” e a conexão com o povo
Todo ano, no aniversário dela, acontece uma celebração nacional chamada Victoriadagarna — os “Dias da Vitória” — na ilha de Öland. Não é só uma festinha: é um evento com shows, esportes, homenagens e momentos em que ela se mistura com o povo. Dá pra ver que, mesmo com toda a formalidade do cargo, Vitória sabe sorrir, abraçar e conversar como gente comum.
É como se a Suécia olhasse pra ela e dissesse: “essa é a nossa futura rainha — e ela é como a gente”.
Hoje ela treina com o Exército, amanhã pode ser Rainha
Recentemente, Vitória iniciou um treinamento com as Forças Armadas Suecas. Não é só pra “aparecer na foto”, não: como futura chefe de Estado, ela quer entender o sistema por dentro.
Se assumir o trono (o que se espera que aconteça no futuro), será a primeira mulher a comandar a Suécia desde 1720, quando reinou Ulrika Eleonora.
Sim, mais de 300 anos sem uma mulher no comando.
E ela está se preparando com seriedade, estudando, treinando e participando ativamente da vida pública, com foco especial em saúde mental, sustentabilidade e causas sociais.
Vitória é a mistura rara de tradição e futuro
Ela nasceu princesa, mas sua trajetória é cheia de reviravoltas que a tornaram muito mais do que apenas “herdeira”. Vitória é uma líder moderna, humana, engajada e determinada — e talvez por isso tenha conquistado um respeito tão genuíno entre os suecos.
É difícil ver alguém torcendo contra. Porque ela representa algo que vai além da realeza: ela representa uma Suécia mais justa, mais igualitária e mais pé no chão.
Manda esse texto pra alguém da sua família que ainda acha que realeza só serve pra tirar foto com coroa na cabeça.
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